Memória de elefante...
Pronto, agora meu post de ontem está completo.
Até o próximo, que não deve demorar.
Bom dia!
:-)
Livros, vídeos discos à mancheia! E deixe que pensem, que digam, que falem. (Caetano Veloso - Língua)
Ontem levei o Igor para assistir, pela primeira vez um jogo do Flamengo (coitado). Ele adorou...o pacote de amendoim que o entreteu pelo menos, pelos 45 minutos iniciais.
Como era de se esperar, o Mengão sífu. Mas valeu a experiência, principalmente pro Igor, que AMOU mijar no banheiro químico, além do pacote de amendoim e do suco, arrematou quase toda quinquilharia que passava pela sua frente. Um cordão com o escudo do Flamengo, uma carteira de identidade rubro-negro, e, o melhor de tudo,o delicioso sabor de gritar impunemente um palavrão, com o aval do pai, do avô e do tio, que completaram a comitiva rubro-negra: "EI, DIMBA. VAI TOMAR NO CU!" ou "Ô DIIIIIIIIIIMBAAAA, VIAAAAAAAADOOOOO!".
E meu irmão continuou me contando a história via messenger:
joão diz:
no domingo, pela manhã, ele só falava do jogo
joão diz:
tu acredita que DO NADA, ele manda essa:
joão diz:
Afinal de contas, depois de 11(ONZE) anos... o que é que acontece, no momento que ela me joga aquele olhar?! Ou quando me toca? O que se passa comigo, quando ouço aquela voz...quando sinto o cheiro dela? Engraçado... o meu perfume preferido é o cheiro daquela mulher. Sem Perfumes da Boticário, ou de outra marca qualquer. O cheiro dela mesmo.
Depois de tanto que aconteceu, tantos sorrisos, risos, lágrimas, choro, dor, gozo, gemido, gargalhadas, aventuras... quantas brigas, quantas pazes. Tanta intimidade...nenhuma intimidade... Enfim, depois de tantas mudanças, alguns Invernos polares, e tantos Verões tropicais... O que é que ainda me encanta, que ainda me atrai...só de considerar sua existência?!?
Aprendemos muitas coisas JUNTOS. Pode ser uma explicação bem razoável. Ficamos juntos, entre os 20 e os 30, idade boa! Essa também é uma boa razão. Vivemos juntos nossos melhores e piores momentos (se é que isso existe!). Também vale como justificativa. Mas... uma resposta, acho que não tem nenhuma. Pelo menos não nesse parágrafo.
Vou vê-la, de manhã cedo... FUDEU! Já percebo alguma coisa mudando em mim. E é bom. Como é bom, tê-la ao meu lado, quando ela está assim...tão carinhosa, receptiva, amorosa. Verão Tropical em maio (já tô até sem camisa, o que é muito considerando que moro numa cidade fria).
Pronto, já comecei a ver algumas pistas para uma resposta. Uma respostinha que seja. Mas, lembrando direitinho... ao longo desses 31 anos, acumulei mais perguntas do que respostas... e as respostas sempre mudam, de acordo com cada situação, então a questão é: Dá pra me contentar com verdades que não têm a menor garantia quanto à durabilidade? Sei lá.
Com tanto que passei (viram? Já tô falando só de mim), ao lado dessa criatura, bom e ruim, o que é que sobra de verdade? Que a amo, muito! E aconteça o que acontecer, sei que ela é a mulher da minha vida. A paixão da minha vida.
Se vamos ficar juntos pra sempre...sei lá. Se vamos nos separar de novo...sei lá. Sei lá, MESMO! Em primeiro lugar, preciso descobrir QUANDO é esse tal de sempre. Talvez seja uma missão para um segundo momento, pois não sei sequer quando é amanhã.
Saber mesmo, só sei o que sinto por ela. E até aqui, isso nunca mudou. Exagero meu. Mudou sim, mas nunca diminuiu, ou piorou. Esse sentimento esteve presente em mim (às vezes acho que até fora de mim, também) desde os primeiros dias de namoro, há mais de uma década, e está aqui ainda.
Foda mesmo, é que eu adoro uma mesmice em algumas coisas. Núcleo familiar, por exemplo. Gostaria de estar casado sim, desde o começo até a morte, sem interrupções. Mas, como já disseram: a vida não tem padrão. Que merda, eu queria que tivesse. Mas, foda-se!
É... Ô muleke confuso do caralho!
Cara!!!
Agora que eu me dei conta que ontem, sábado pessoas que eu amo muito,muito, muito, meus amigos mais queridos e que não se conheciam, de repente estavam todos sentados à mesma mesa.E não foi nada combinado...terá sido obra do destino?
Deve ser por isso que hoje eu acordei tão feliz.
Marina, Silvio, Lelê, Chiarinha e Rico... you're always in my heart!!!!!!!
Bom domingo pessoal!!!!
:-)
“Aê, Roberto, vamo no CPM22 ?!?”
Num primeiro momento, pensei que o Escada (apelido antigo do Ricardo, meu camarada de mais de 15 anos) tinha perdido a razão, ou tava me zoando. Depois da insistência, percebi que ele falava sério!
“Bom, vamo, né!” Acho que foi uma grande oportunidade de conferir uma banda de rock (hahahahaha) que está na sua melhor fase...sei lá, vai que os caras são bons!
Nossa empreitada tinha uma desculpa...estávamos levando a Thaís, cunhada do Escada, de 16 aninhos, porque sozinha o pai não deixaria ela ir. Nobre atitude, a nossa.
Não satisfeitos, resolvemos estragar a sexta-feira de outro amigo, o Rodrigo “Ceguinho”. Fomos até a casa dele, esperamos umas duas horas pro dondoca se arrumar todo. E ele ainda saiu exatamente como estava quando chegamos! Nesse meio tempo, ficamos em companhia de Lara (ou Laura) assistindo Nemo, e depois ouvimos o cd da irmã dele, a Mariana Davies. Bem legal o cd. Rock cru e honesto, sem maiores pretensões no mundo pop.
E fomos, os três trintões. Nos despencamos até Itaipava, ouvindo o novo do Jane’s Addiction, Chevelle, e outras bandas muito mais dignas de levar o rótulo de “rock”. Pensei: “ Caralho, não há a menor possibilidade da gente ouvir esse som e ainda gostar do show do CPM22!”
Chegando lá, já me emputeci com a organização do evento, que só aceitava carteirinhas de estudante, se tivessem foto. Mifu, a da Estácio não tem. Apesar de não ser mais universitário, vinha alcançando certo êxito em alguns lugares. Tudo bem, pelo menos no cinema ainda dou balão. Mas vamos em frente...
Entramos no Parque Municipal de Petrópolis, às 23:48h, demos uma volta até encontrarmos os amigos da Thais, quando então combinamos: “Ó, Thaís...15 minutos depois do show, a gente se encontra ali.”
E fomos andando no meio daquela molecada de 13, 14, 15 anos. Acho que os mais experientes deviam ter, no máximo 16. E concordamos que os nossos ídolos nessa idade eram bem melhores que CPM22, Linkin Park, DiBob, etc. Pensamentos típicos de velhos, mesmo. “No meu tempo...”
Outra coisa que constatamos...essa molecada anda consumindo muito hormônio. As meninas de 11, 12 anos já têm seios e quadris de mulher! E muitas delas se comportam como lobas, voando em cima dos garotos...isso quando não voam em cima dos adultos, mesmo! Me ocorreu de agradecer por só ter tido dois filhos homens, porque, numa situação dessas, se eu sou pai de uma dessas garotas e a vejo com essa atitude...nem sei.
Foda mesmo, é que quando essas menininhas chegarem à idade boa (18), já estarão um bagaço!
Encontramos o Rabellais, outro trintão, ex-baixista/vocalista do Bloodsuckers, lendária banda de metal petropolitana dos anos 90, e amigo das antigas. Estava acompanhado da namorada e uma amiga desta. Não me lembro dos nomes. E ficamos por ali, bebendo, conversando...apagaram-se as luzes, com exceção de um holofote escrotíssimo, apontado pra nossa cara...começou o show.
Senti uma mão apertando minha bunda... “Ô FILADAPUTA!” gritei logo. Pro meu alívio era a Lola, minha cunhada (to recém-separado, ainda acho estranho falar ex-cunhada). Ela me despertou alguma coisa...de repente achei ela mais bonita do que antes...talvez por estar usando menos piercings que o usual, sei lá. Estava com a Camila, que também é muito gata (acho que eu to meio tarado!) e com o Flavinho, amigo delas, e gay...o que foi suficiente pra três filasdaputa como eles só ficarem me zoando... “aê Roberto, ta machucando a bicha?!?!?” Tudo bem, vou às forras depois.
Resenha: Tocaram todos os hits, do primeiro ao mais recente, algumas outras do disco novo, em uma hora e pouco de apresentação. O público não era dos maiores, mas parecia bem animado, cantando os refrões, etc. É verdade que o som tava horrível, abafando as guitarras, mas mesmo assim deu pra perceber que os músicos não são nenhuma maravilha em termos de criatividade, muito menos virtuosos, mas quando uma banda de rock toca rock de verdade, isso não importa muito, porque a energia contagia e as músicas ganham outro peso. Isso, num show de rock de verdade. Porque esses caras me pareceram tão rock quanto Sandy e Junior. Umas musiquinhas bem pop, com um q (minúsculo) de punk rock.
Parágrafo à parte, para falar da parte mais insuportável do show: o sotaque do Badauí. PELAMORDEDEUS! O que é aquilo?!? Conheço um monte de paulistas, e boa parte dos meus parentes são de lá, mas o sotaque desse mala é algo de doer os ouvidos! Ainda mais cantando aquelas letras de corno deprimido, típicas das duplas sertanejas que esse mesmo público despreza! Taí, o CPM22 é o Leandro e Leonardo de boné, barba por fazer e andando de skate.
O fato de saber que alguns dias depois iríamos ver O Rappa, me deixou um pouco mais aliviado. E ainda teríamos o Detonautas, antes disso. Esses últimos, achei que fariam pouco mais do que traduzir para o carioquês o que o Badauí cantou em paulistês. Mas isso é outra história.
Terminado o show, tomamos mais uma gelada enquanto resmungávamos desse showzinho de 5ª, numa noite de 6ª, ansiosos pelo de sábado, e fomos encontrar a Thaís. Para nosso alívio, ela também detestou o show. Pode ter sido efeito dos discos que ela ouviu pela primeira vez na vida, no caminho até Itaipava. Ela jurou que gostou do System Of A Down.
Na volta, o Gláucio apareceu e voltou de carona com a gente. Disse que também tinha achado uma merda.
Demos uma última olhada naquela pirralhada, parecia que a maioria tinha se divertido bastante. Entramos no carro e voltamos, ouvindo e comparando o Chevelle com o Tool.
No mais, a gente até que se divertiu, rindo dos outros, rindo do show... rindo de qualquer porra! Tínhamos sobrevivido ao pior show que vi na vida. E já vi muitos! Esses caras são foda, mesmo! Tão se dando bem, a mtv baba em cima deles, a Rádio Cidade também...o mais engraçado é a vinheta da Rádio, antes de tocar essa merda: “Cuidado! Aí vem porrada na Cidade!” HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH...
Noite estranha, três roqueiros perdidos num showzinho da pior qualidade. Nem conto o Rabellais, porque ele estava acompanhado da namorada, pra ela foi um programa aceitável. Depois dessa, vou tomar um overdose de rock do bom, pra dar uma limpada nos ouvidos.
Beijos pra todos
Roberto