6 de fev. de 2006

Me laaaarrrgaaaaaaaa




Nunca viram ninguém triste?

Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não têm nada demais

Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Feito um cachorro otário

Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma porrada

Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração

Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não

Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim


Aproveito o clima pra dizer adeus a Aldemir Martins...O mundo tá menos colorido hoje.





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